Dr. José Eduardo - Médico do Povo
A 19 de março, celebra-se o Dia do
Pai, data comemorativa que homenageia anualmente a figura familiar paterna – o pai.
Em Portugal, é naquela data e designa-se como. Mas a data é diferente em alguns
países. E no Brasil toma o nome de Dia dos Pais. Geralmente coincide com o dia
em que a Igreja Católica celebra a Festa de S. José, esposo de Maria e pai
adotivo de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento / Bíblia Sagrada.
Por esta altura e também este ano, a
AVASOCIAL – Associação Voluntariado e Ação Social do Entroncamento, realiza o
Convívio do Dia do Pai, que vai ser no próximo sábado, dia 23, na Casa do
Benfica / Entroncamento.
Na ocasião, a AVASOCIAL evoca uma
personalidade de muita importância na vida e na história do Entroncamento.
Evoca nem mais nem menos que o Dr. José Eduardo. Muitos de nós só conhecemos
esse nome porque ele dá nome à primeira avenida da Cidade. Precisamente a que
liga Largo da Estação à Estrada Nacional, que passa pela Ponte da Pedra e vai até
à Golegã. Mas quem foi o Dr. José Eduardo?
O Dr. José Eduardo, assim era conhecido, nasceu em Árgea, freguesia de
Olaia e concelho de Torres Novas, a 25 de agosto de 1901. Depois de fazer a
“primária” na aldeia natal e já fora, o Liceu, frequentou a Universidade de
Coimbra, onde concluiu a Licenciatura em Medicina. Foi um excelente médico,
quer científica quer humanamente. Exerceu o seu múnus no Serviço de Saúde da
C.P. (Dispensário), onde era o Diretor, e também mais tarde no Centro de Saúde
do Entroncamento, onde sempre se distinguiu pelas suas raras qualidades de
inteligência e de caráter. Com o Dr. Novais e o Dr. Amândio, fez parte da
Direção da Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento, trabalho que os três
exerceram gratuitamente.
O Dr. José Eduardo atendia todos os doentes com a melhor das boas-vontades
(…) pois acima de tudo estavam os que sofriam. Foi extremamente generoso e
muito amigo da sua Terra. Não cobrava um tostão de consulta a qualquer argense,
aos amigos e aos pobres (que eram muitos naquela época). Muitas vezes, em
choupanas de gente necessitada e em barracas de ciganos, ele deixou, a par do
conforto clínico e moral, o dinheiro para a compra dos medicamentos.
Nunca o Dr. José Eduardo, se recusou a atender fosse quem fosse (…).
Recordam-se as visitas que fazia às pessoas idosas e acamadas, (levando-lhes o
conforto), a paciência que tinha para com as crianças, o seu bom humor, a sua
delicadeza e a sua simpatia.
O Dr. José Eduardo era muito considerado no Entroncamento e foi justamente
homenageado já em 1952. Faleceu a 7 de novembro de 1969, após ter sido
barbaramente esfaqueado (por um louco) quando saía do carro para entrar em
casa.
Em 2019, celebra-se o 50.º aniversário da morte do Dr. José Eduardo. Como
ontem… sejamos-lhe hoje também nós, eternamente muito gratos!
Fonte: “Árgea, história e património” de Maria Helena Maia, Manuela Poitout
e Luís Baptista.
Folheto aqui »» http://tempuri.org/tempuri.html